Existem tantos aparelhos disponíveis para o tratamento da Classe III em idade precoce (pré-surto puberal).
Entretanto, quais seriam os efeitos dentários e esqueléticos dos mais conhecidos e utilizados?
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Autores: J. Seehra; P. S. Fleming; N. Mandall;
A. T. DiBiase (Escola Real de Odontologia de Londres, Londres)
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A correção precoce da maloclusão de Classe
III permanece um complexo desafio. Abordagens interceptativas incluem
dispositivos fixos, dispositivos removíveis, mentoneira, máscara para protração
maxilar e sistemas de ancoragem esquelética.
Desfechos encorajadores tem sido reportados
com o uso de aparelhos funcionais reversos, incluindo o FR-III (Frankel) e o
Twin-block reverso (Figura 1) para tratar a Classe III.
Loh e Kerr (1985) reportaram sucesso na correção
do desenvolvimento da maloclusão de Classe III com o aparelho FR-III. Os
efeitos do tratamento relatados foram: média de projeção de incisivos
superiores (1,8˚), retro-inclinação de incisivos inferioes (2,3˚), e mudança do
ANB (2˚). Os dados desse trabalho levaram a uma conclusão que o sucesso foi
conseguido principalmente por compensações dento-alveolares e rotação da
mandíbula.
Kidner et al. (2003) mostraram que a maioria
das mudanças induzidas pelo aparelho Twin-block reverso foram: média de projeção
de incisivos superiores (5,5˚), retro-inclinação de incisivos inferioes (4,5˚),
e mudança do ANB (1,3˚).
A máscara de protração maxilar é comprovadamente
popular por sua habilidade de modificar o crescimento dento-facial. Ngan et al.
(1998) relataram uma média de aumento do overjet em 5,5 mm e de protração
maxilar de 2,2 mm. A correção da relação incisal foi mantida em 90% dos
indivíduos 12 meses após o tratamento.
A estabilidade a longo prazo desses casos
tratados revela a presença de um contínuo crescimento favorável. Já nas
amostras com casos não tratados o que ocorre é uma tendência à piora da
maloclusão de Classe III com o aumento da idade e durante a fase de crescimento
pós-puberal.
O objetivo do estudo foi comparar as mudanças
dento-alveolares e esqueléticas ocorridas durante o uso do aparelho Twin-block
reverso, a máscara de protração maxilar e um grupo não-tratado.
Figura1. Aparelho Twin-block reverso.
Conclusões:
- A máscara de protração maxilar e o aparelho
Twin-block reverso foram efetivos no tratamento precoce da maloclusão de Classe
III. Entretanto, a estabilidade a longo prazo desse efeitos do tratamento foi
influenciada pelo crescimento favorável;
- Os efeitos primários do aparelho Twin-block
reverso são dentários, caracterizados por uma projeção de incisivos superiores
e retro-inclinação de incisivos inferiores, com mínimos efeitos esqueléticos;
- Entretanto, um avanço maxilar significante
e menores mudanças dentárias ocorreram no grupo que utilizou a máscara de
protração maxilar.
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